quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Valorização da mulher: o machismo disfarçado

Hoje escolhi para minha primeira postagem de fato nesse blog, algo que realmente me faz ficar puto da vida, puto da cara mesmo, de me fazer o sangue subir pela cabeça, ao ponto de ficar com uma vontade animalesca de desferir alguns socos na cara das pessoas que defendem essa idéia do tempo das cavernas. Se você não tivesse lido o título dessa postagem provavelmente não saberia do que se trata esse assunto (ou provavelmente ainda nem saiba, caso seja desatento). Meus caros, estou falando da chamada “valorização da mulher” que mais deveria ser conhecida como síndrome do machismo disfarçado, que vou agora explicar o porquê.
Você, pessoa madura, já que está lendo esse blog, muito provavelmente transa (ou tem relações amorosas, como o Word me sugeriu que escrevesse). Mas mesmo que não faça isso ainda, você é digno de conhecer a MINHA OPINIÃO sobre esse assunto, ou melhor, problema, ou melhor ainda, patologia. Pois bem, irei começar essa minha cruzada com a seguinte situação: você homem ou você mulher vão a uma balada. Se forem pessoas normais, irão se vestir de uma maneira que se achem bonitos, bem como apropriados pra ocasião, não se esquecendo de passar um perfuminho, dar uma mexidinha no cabelo, melhorar uma coisinha aqui, outra ali, enfim irão se preparar de uma forma que se sintam atraentes... Daí chegada meia noite, porque aqui no Acre é assim né? Por razões ocultas as baladas só começam a partir desse horário. Mas continuando: daí vocês chegam e entram na festa, ou pizeiro como queiram chamar. Até então tudo igual tanto pra homens quando pra mulher, certo? Mas é nessa hora que as coisas ficam diferentes! Se for um homem, de preferência solteiro, com certeza não vai querer deixar a noite passar em branco. Vai querer se dar bem na fita naquela noite, conseguindo beijar uma menina bonita, levá-la a um motel ou na pior das hipóteses conseguir telefone, Orkut, ou MSN. Agora partindo pra mulher: você mulher, solteira, chega na balada para...Dançar, beber, conversar com as amigas (conversar não sei já que em boates se faz um barulho infernal), dançar mais um pouquinho, beber mais um pouquinho e fofocar mais um pouquinho. Só isso? Claro que não! Vocês mulheres achariam legal conhecer um gatinho, um rapaz interessante pra você, só que é mais difícil assumir isso do que passar no curso de Direito da UFAC, mas isso, na verdade, é algo tão fácil quanto fazer medicina em Cobija. Sabem por quê? Simples! É algo tão sutil, mas tão sutil ao ponto de que basta pararem de ficar com seus pescoços esticados olhando para o teto e arriscar ter um bendito torcicolo e olharem pra frente, para os homens, em especial pra aqueles que acham bonito, ou ao menos interessante. Toda vez que questiono o motivo de quase todas as mulheres não terem nem um pingo de iniciativa, ouço a mesma resposta: porque mulher tem que se valorizar, porque mulher que faz isso é piriguete, no caso, essa é até uma palavra carinhosa, porque chamam logo é de puta mesmo. Agora lhes pergunto: puta não é outra coisa? Aquela mulher que satisfaz um homem sedento por sexo em troca de alguns reais. Em algum momento citei as palavras “sexo” e “dinheiro” quando comentei sobre o fato das mulheres não tomarem a iniciativa? Não, mas vocês, em especial as próprias mulheres, têm esse pensamento machista de que o homem que pega todas é o garanhão, o herói da história, o ser superior, supremo, viril, que deve ser respeitado e invejado por todos, enquanto que uma mulher que dá um “psiu” nada mais é do que uma puta–sem-vergonha. Por que isso, por quê!? Minha nossa, eu me pergunto...
As mulheres que adoram queimar o filme de outras só porque entrou num carro qualquer, deveriam parar e pensar que, ao fazerem esses comentários maléficos, deveriam perceber que nada mais estão do que reconhecendo a inferioridade da mulher perante o homem, afinal, homem pode ser o pegador enquanto que a mulher não pode, é feio. Olhem que ainda fui bonzinho ao falar de uma mulher que entra no carro de um cara, poderia ser uma mulher num carro, abordando um cara na rua, mas como a probabilidade disso acontecer é praticamente zero, eu até esqueci-me de comentar isso na hora em que estava escrevendo.

Mas enfim, desejo que vocês, em especial as mulheres, parem de ter esse pensamento de supervalorização e reflitam se de fato uma mulher valorizada é aquela de bom caráter, responsável, que cumpre com suas obrigações profissionais mas não deixando de dar “umazinha” por pura diversão, não interferindo na vida de ninguém ou é aquela que só faz sexo depois do casamento mas que não tá nem aí pros estudos, não trabalha, faz xixi na rua ou até mesmo perder seu tempo com um disfarce de inveja falando mal da vida íntima das pessoas!